“Não é da benevolência do padeiro, do açougueiro ou do cervejeiro que esperamos que saia o nosso jantar, mas sim do empenho que eles têm em promover o seu próprio interesse” (Adam Smith, em A Riqueza das Nações)
quarta-feira, 1 de abril de 2009
O capitalismo.
Mas hoje eu recebi um e-mail muito engraçado, e resolvi colocá-lo aqui.
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CAPITALISMO IDEAL
Você tem duas vacas. Vende uma e compra um touro. Eles se multiplicam, e a economia cresce. Você vende o rebanho e aposenta-se... Rico!
CAPITALISMO AMERICANO
Você tem duas vacas. Vende uma e força a outra a produzir leite de quatro vacas. Fica surpreso quando ela morre.
CAPITALISMO FRANCÊS
Você tem duas vacas.
Entra em greve porque quer três.
CAPITALISMO CANADENSE
Você tem duas vacas. Usa o modelo do capitalismo americano. As vacas morrem. Você acusa o protecionismo brasileiro e adota medidas protecionistas para ter as três vacas do capitalismo francês.
CAPITALISMO JAPONÊS
Você tem duas vacas, né? Redesenha-as para que tenham um décimo do tamanho de uma vaca normal e produzam 20 vezes mais leite. Depois cria desenhos de vacas chamados Vaquimon e os vende para o mundo inteiro.
CAPITALISMO ITALIANO
Você tem duas vacas. Uma delas é sua mãe, a outra é sua sogra, maledetto!!!
CAPITALISMO BRITÂNICO
Você tem duas vacas. As duas são loucas.
CAPITALISMO HOLANDÊS
Você tem duas vacas. Elas vivem juntas, não gostam de touros e tudo bem.
CAPITALISMO ALEMÃO
Você tem duas vacas. Elas produzem leite pontual e regularmente, segundo padrões de quantidade, horário estudado, elaborado e previamente estabelecido, de forma precisa e lucrativa. Mas o que você queria mesmo era criar porcos.
CAPITALISMO RUSSO
Você tem duas vacas. Conta-as e vê que tem cinco. Conta de novo e vê que tem 42. Conta de novo e vê que tem 12 vacas. Você pára de contar e abre outra garrafa de vodca.
CAPITALISMO SUÍÇO
Você tem 500 vacas, mas nenhuma é sua. Você cobra para guardar a vaca dos outros.
CAPITALISMO ESPANHOL
Você tem muito orgulho de ter duas vacas.
CAPITALISMO PORTUGUÊS
Você tem duas vacas... E reclama porque seu rebanho não cresce...
CAPITALISMO CHINÊS
Você tem duas vacas e 300 pessoas tirando leite delas. Você se gaba muito de ter pleno emprego e uma alta produtividade. E prende o ativista que divulgou os números.
CAPITALISMO HINDU
Você tem duas vacas. Ai, de quem tocar nelas.
CAPITALISMO ARGENTINO
Você tem duas vacas. Você se esforça para ensinar as vacas a mugirem em inglês... As vacas morrem. Você entrega a carne delas para o churrasco de fim de ano ao FMI.
CAPITALISMO BRASILEIRO
Você tem duas vacas. Uma delas é roubada. O governo cria a CCPV - Contribuição Compulsória pela posse de Vaca. Um fiscal vem e lhe autua, porque embora você tenha recolhido corretamente a CCPV, o valor era pelo número de vacas presumidas e não pelo de vacas reais. A Receita Federal, por meio de dados também presumidos do seu consumo de leite, queijo, sapatos de couro, botões, presume que você tenha 200 vacas e, para se livrar da encrenca, você dá a vaca restante para o fiscal deixar por isso mesmo...
"SOCIAL": a expressão da moda.
quinta-feira, 19 de março de 2009
Abaixo os caras-pálidas?
quarta-feira, 4 de março de 2009
A Folha erra e acerta.
domingo, 8 de fevereiro de 2009
Será?
A reportagem que o vídeo mostra é emocionante. Feita em 2007, quando a fábrica da Gurgel foi vendida, ela mostra um pouco da trajetória do gênio brasileiro que realizou o sonho de construir uma indústria automobilística nacional. Há depoimentos de parentes e informações sobre a saúde de Gurgel (infelizmente, ele passou os últimos anos incomunicável, em razão da sua doença, e nem soube o destino triste que teve sua fábrica).
No final, o âncora Carlos Nascimento diz: "ele fez um pedaço; um dia alguém fará o restante".
Será? Eu tenho minhas dúvidas. O surgimento de um gênio como Gurgel é coisa que só acontece uma vez na história.
Jornal Nacional de 31/01/09: notícia sobre o falecimento do gênio brasileiro GURGEL.
Realmente, ele não era apenas um sonhador. Era um gênio que pôs em prática muitas de suas invenções.
Vejam no vídeo o carro elétrico que podia ser carregado na tomada da sua casa. Vejam também o carro desmontável.
Incrível como esse gênio possa ser um desconhecido para grande parte da população.
"Fugi pelo desejo de ser livre!"
terça-feira, 3 de fevereiro de 2009
GURGEL, o Barão de Mauá do século XX.

Vagner Magalhães (Direto de São Paulo)
Autor da biografia do empresário João Augusto Conrado do Amaral Gurgel, que morreu nesta sexta-feira em São Paulo, o jornalista Lélis Caldeira, 31 anos, considera o industrial uma espécie de "Barão de Mauá" da indústria automobilística nacional. Caldeira diz que assim como Mauá empreendeu a construção da primeira ferrovia brasileira, Gurgel trabalhou pelo sonho de construir um carro nacional.
"O Gurgel era um cara genial, muito à frente do seu tempo. Uma espécie de professor Pardal", diz, se referindo ao inventor popularizado pelos quadrinhos dos estúdios Walt Disney.
Caldeira considera que os principais projetos de Gurgel acabaram vingando posteriormente, como os carros com 1.000 cilindradadas e o sucesso dos utilitários que surgiram a partir do Carajás, lançado em 1984.
"O Gurgel pode ser até questionado pelo ponto de vista administrativo, mas na engenharia ele era insuperável", diz.
Caldeira diz que após o envolvimento com o projeto do livro adquiriu um Gurgel BR-800 que ele mantém até hoje como veículo de uso diário.
"É um veículo que faz 20 km com um litro de gasolina e não quebra. Hoje, no mercado, pode ser comprado por cerca de R$ 3,5 mil. O custo benefício ainda é muito bom".
O escritor diz que se interessou pela história de Caldeira depois de ler uma matéria sobre o primeiro leilão da fábrica da Gurgel em São Carlos, no interior de São Paulo, em 1991.
A partir daí, passou a pesquisar em sebos, revistas de veículos que publicaram matérias sobre aempresa e se aproximou da família de Gurgel.
"Nas vezes que eu o encontrei, ele já estava doente, mas tinha picos de lucidez. Eu usei as conversas como base para as minhas pesquisas", diz. "Ele era uma pessoa muito bem-humorada".
Uma das histórias que Caldeira conta sobre Gurgel é a da sua formatura na Escola Politécnica de São Paulo, quando foi pedido a ele um projeto de um guindaste.
"No lugar do guindaste, ele apresentou um pequeno veículo. Mas como o pedido tinha sido um guindaste, ele teve de refazer o projeto. E ainda teve de ouvir de seu professor: 'carro não se faz, se compra' ".
A biografia "Gurgel, um sonho forjado em fibra", levou dois anos para ser escrita e foi lançada na Bienal do Livro de São Paulo, no ano passado, pela editora Labor.
Você não conhece a história do gênio GURGEL?
Desde sua juventude, sonhava em fazer um carro brasileiro, tanto que em sua formatura da Escola Politécnica de São Paulo, apresentou um pequeno veículo de dois cilindros, batizado Tião. Como projeto pedido foi um guindaste, quase é reprovado. Ouviu então de seu professor: "Carro não se fabrica, Gurgel, se compra ".
Pós-graduado nos EUA, trabalhou na Buick Motor Corporation e na General Motors Truck and Coach Corporation.
Em 1958, criou a Moplast Moldagem de Plásticos e começou a desenvolver projetos próprios, tornando-se fornecedor de luminosos para diversas empresas brasileiras.
Com o sonho em mente, fundou em 1969 na cidade de Rio Claro a Gurgel Motores S/A: a indústria mais brasileira de todos os tempos.
Sua carreira foi marcada pela busca do desenvolvimento de tecnologias automotivas nacionais, utilizando capital igualmente nacional. Característica marcante nos veículos fabricados por sua empresa eram as suas carrocerias de fibra de vidro.
A partir de 1972 passou a dedicar-se à produção de veículos especiais. Após 1975 começaram a ser produzidos os primeiros veículos utilitários tipo fora de estrada da marca Gurgel, marca que em 1981 lançou o primeiro veículo elétrico da América Latina, o Itaipu E-500. Idealizador do primeiro e até hoje, único carro genuinamente brasileiro: o BR-800.
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Era contrário ao uso do álcool de cana-de-açúcar como combustível. Ainda assim, produziu alguns (poucos) carros com motor a álcool. Na grande maioria os veículos da sua marca eram movidos a gasolina. Segundo ele a terra deve produzir alimentos e não combustíveis.
Infelizmente, a Gurgel acabou fechando as portas no final de 1994, por questões financeiras e derrotada pelas grandes multinacionais.
Em abril de 2004, o empresário Paulo Emílio Freire Lemos adquiriu a marca Gurgel. O registro desta encontrava-se expirado no INPI desde 2003. Para tornar-se seu proprietário desembolsou o valor de R$ 850,00. A família Gurgel não foi consultada e por isso decidiu mover uma ação judicial contra o empresário.
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Sofrendo do mal de Alzheimer havia oito anos, João Gurgel morreu no dia 30 de janeiro de 2009, aos 82 anos, no Hospital São Luís, na Zona Sul de São Paulo.
CALDEIRA, Lelis. Gurgel: um sonho forjado em fibra. São Paulo: Editora Labortexto, 2004. ISBN 8587917161
CALDEIRA, Lelis. Gurgel: um brasileiro de fibra. São Paulo: Editora Alaúde, 2008. ISBN 8598497940