sexta-feira, 15 de julho de 2011

Estado e economia: nada a ver!

NOVO TEXTO QUE ESCREVI NO BLOG DO LÍBER, PARTIDO AO QUAL SOU FILIADO.

Nos últimos dias, tenho visto muitas pessoas postando reclamações no facebook contra as companhias telefônicas. Reclamam que os serviços (telefonia móvel, internet 3G etc.) são muito ruins, que há um desprezo pelo consumidor que reclama, dentre outras coisas.
Nessas horas, muitos se voltam contra pessoas que, como eu, defendem o livre mercado e questionam: “E aí, cadê a comprovação da sua tese de que no capitalismo de livre mercado o consumidor é soberano? Cadê a prova de que no capitalismo de livre mercado as empresas competem pelos consumidores, sempre lhes oferecendo melhores produtos e serviços, a preços mais baixos?”
Relevando o fato de que me espanta as pessoas duvidarem que no capitalismo o consumidor é realmente soberano, eu respondo os questionamentos descritos acima com tranqüilidade: nós NÃO vivemos sob um regime capitalista de livre mercado genuíno. Só para se ter uma idéia, há nem nosso país quase 50 agências reguladoras (!), ou seja, a livre iniciativa no Brasil não é tão livre assim.
O mercado de telecomunicações é um exemplo típico de como o livre mercado é bom para o consumidor? Com certeza. Ninguém em sã consciência pode negar que houve expansão do setor, universalização dos serviços e redução dos preços. Mas ainda há um problema muito grave, e é ele o verdadeiro culpado de todas essas reclamações que têm sido postadas no facebook: o intervencionismo estatal.
As privatizações brasileiras não retiraram o estado da economia, mas apenas o trocaram de posição: ele deixou de ser o empresário que ofertava péssimos serviços e produtos a preços caríssimos, para ser o regulador da economia. Não houve, pois, uma desestatização, o que nos deixa muito longe do genuíno livre mercado.
Portanto, o recado que dou aos meus amigos que têm reclamado tanto no facebook contra as operadoras de telefonia móvel é muito simples: juntem-se ao LIBER na luta em defesa da separação total entre estado e economia. É preciso acabar com a ANATEL e com todas as demais agências reguladoras, as quais, com suas pesadas regulamentações sobre os setores regulados, impedem a livre concorrência e só prejudicam os consumidores.
No Brasil a telefonia é um setor oligopolizado graças à pesada regulação estatal. Isso impede a entrada de novos competidores e garante um mercado cativo para as atuais empresas do ramo. Ora, com um mercado cativo garantido pelo Estado ninguém está nem aí pro consumidor, e a concorrência é na verdade uma ficção. Simples assim. O problema é que o brasileiro sempre acha que o Estado é um mal necessário, que sem regulação o mercado vira uma selva, e toda essa baboseira anticapitalista, que não tem nenhum fundamento. Não caia nessa conversa fiada. Exija que o estado saia de vez da economia, mesmo que seja apenas como regulador.

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